terça-feira, 4 de novembro de 2014

Trabalho voluntário

Fotos e matéria base: Marília Cabral

        Dia 2 de novembro comemora-se o Dia de Finados, data em que muitos prestam homenagens aos parentes e amigos que já passaram para o outro Plano; e nos dias em que antecedem esta data é comum familiares realizarem a manutenção dos túmulos de seus parentes. Há inclusive algumas pessoas que aproveitam este período para ganhar um dinheiro extra, realizando serviços de pintura, reforma e limpeza das sepulturas.


         Mas em Alfenas MG, a atitude de um senhor chamou a atenção de quem visitava o cemitério. Luiz Roberto do Nascimento (conhecido por Baba) e seus netos Ander Tiker e Justriany pintavam voluntariamente os jazigos abandonados.
         Sr Baba já realiza este belo gesto há quase 50 anos, e este ano contaram com a ajuda de uma farmácia e uma casa de tintas para a compra das tintas.
Parabenizamos o Sr Luiz Roberto e de seus netos por dedicarem parte de seu tempo a este trabalho voluntário.




quarta-feira, 16 de julho de 2014

E a placa sempre 2424!


Mais um causo do Antônio Nacle Gannam, nosso conterrante de São Lourenço, um dos maiores fãs de nossa querida Alfenas!



O Número da Placa

Em 1975 entrei na EFOA. Tive vários mestres, não me lembro de todos. Alguns me marcaram...
Anthelmo, Anatomia Dental. Tínhamos que esculpir os dentes em uns bloquinhos de cera. Era terrível! Certa vez disse que puxaria fumo na aula dele. Todos duvidaram, fui no mercado, comprei um pedaço de fumo de rolo e amarrarei num barbante. Aula no anfiteatro da anatomia, cheguei um pouco atrasado puxando o fumo pelo barbante. Gargalhada geral nem o seríssimo Anthelmo aguentou, caiu em cólicas de risos.
João Teixeira, Prótese, não era ferrador, muito pelo contrário. Certa vez lhe levei uma cachaça chamada : "Cura Veado", educadamente aceitou e sei que a guardou com muito carinho por longos anos, visto que não precisava de tomá-la.
Agora ferrador era o tal do Helinho, Odontologia Social. Uma matéria que era só decoreba, e ele exigia. Lembro-me que minha grande amiga e colega "Rita Sorriso" possuía uma apostila mimeografada, de segunda mão, da referida matéria. Na contra capa estava manuscrita a poesia Pásargada (Manuel Bandeira). Foi aos meus 22 anos que tive meu primeiro contato com essa poesia. Ser amigo do rei e ter a mulher que queria na cama que escolhesse, além de me fascinar, me deixava um pouco excitado, ah juventude e inocência! Mas isso deixa pra lá ... Mas o Helinho tinha um fusca branco, cuja placa era KL ou KM 2424. Na época, 1977, ter um carro com essa placa era muita ousadia...Fiquei com isso na cabeça.
Em 1991 compramos uma Parati verde, colocamos um adesivo que dizia: "Conheça o lado selvagem da vida, tenha filhos", nossos eram pequenos e como davam trabalho! E me lembrando do saudoso professor de Odontologia Social resolvi ousar também : coloquei a placa número 2424, as letras não lembro. Fora alguns comentários irônicos, não tive nenhum problema, há não ser na hora de vendê-la. Até achar alguém que tivesse a mesma dose de ousadia minha demorou e demorou... Mas vendi e prometi que nunca mais queria uma placa dessas.
Os anos se passaram, este ano comprei uma Saveiro, mandei emplacar, qual não foi meu espanto, o número que veio: PUE 2424!!!!!!! Imediatamente liguei pro despachante que calmamente me falou: -"Você deu foi sorte, a outra era HIV 2424, eu que fiz trocarem....




domingo, 8 de junho de 2014

O nome da égua


Hoje vou postar uma linda homenagem de um ex-estudante de Odontologia, morador de São Lourenço (MG). Antonio Nacle Gannam tornou-se um apaixonado por nossa Alfenas e nós o elegemos nosso conterrante! Salve salve Gannam!


O NOME DA ÉGUA É...


Em 2000 comprei um sítio. Era tão distante e isolado que andava por lá nu, mas de botas, morro de medo de cobras. Ninguém " passava por lá", era tão difícil de chegar que a pessoa tinha de ir lá. Só porteiras eram 6, das quais 2 com cadeado.
Quis ter um cavalo. Fui no vizinho e comprei um. Chamava Ferrugem, nunca vi cavalo tão "bardoso", saía pra cavalgar, de repente ele resolvia voltar, coice dava até na sombra, passarinho não podia passar na frente dele, enfim, era muito ruim. desiludido, resolvi procurar alguém que pudesse me oferecer um produto melhor. Depois de muito procurar cheguei em um criador que muito entendia de cavalos. Expliquei pra ele o que estava passando. Falei que queria um animal barato, dócil, etc. Semanas depois me telefonou. Havia achado uma égua que servia pra mim. Marcamos o dia pra vê-la. Chegando lá começou aquela conversa, é mansa, animal pra criança, e passa embaixo da égua, puxa o rabo, monta, toma cachaça debaixo dela, realmente uma égua muito mansa. Servia pra mim. Agora o principal: o preço. Dez vezes o preço do Ferrugem! Quase morri! E começa a pechinchar daqui, negociar dali, mas preço realmente não tava pra mim. Me despedi e fui saindo. Ouvi o criador me chamando:   Dizia: - vc não sabe o nome dela, se souber vc compra!                       No que respondi:- Qual?
-ALFENAS!!!!!!!                                                                                                      Não resisti, esqueci o preço e disse: - é minha! 
Não me arrependo, realmente é uma boa égua. A tenho até hoje. Fiz uma grande amizade com o criador, já tomamos muitas juntos, sempre que toco no assunto ele sorri meio matreiro... Nunca descobri se a égua se chamava mesmo Alfenas, se foi uma conversa de vendedor, visto que era sabedor da minha paixão por aquela cidade.
Na foto eu e a Alfenas.
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