sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dona Zita Engel Ayer

Hoje reproduziremos postagem publicada no blog de nosso colaborador Milton Kennedy, que presta uma modesta homenagem a Dona Zita Engel Ayer. E se você também conhece alguma história sobre esta grande mulher, conte pra gente, deixe seu comentário ao final do post.

Já mencionei outras vezes que uma das seções que mais aprecio aqui no blog é retratar em desenhos personalidades que se destacaram em Alfenas, e hoje de modo especial fico muito feliz, pois a homenageada é Zita Engel Ayer, uma mulher iluminada.

Zita Engel Ayer

Dona Zita, preocupada com os mais carentes (e inspirada pelo Plano Espiritual) juntamente a um grupo de voluntários fundou o SARAI, Serviço de Assistência e Recuperação do Adulto e da Infância (leia mais no box abaixo), assim como foi a criadora e coordenadora do Centro Espírita que funciona junto do SARAI. Criou ainda a Associação Alfenense de Alcoólicos Anônimos e Ala-Anon (congregando familiares de alcoólicos).
Mulher dinâmica, incansável trabalhadora do bem, foi vereadora por dois mandatos. Casada com Elysio Ayer, teve 11 filhos. Fez seu retorno ao Plano Espiritual em setembro de 1989. 

SARAI Alfenas MG

     O SARAI, fundado em 1962, trabalhava com as necessidades básicas da época tais como: distribuição de alimentos, roupas, remédios, encaminhamento de consultas médicas, fornecimento de aparelhos ortopédicos e auditivos, amparo a carentes, hansenianos e tuberculosos. Sempre assistindo as famílias, idosos, crianças, jovens e gestantes.
     Há uma cena muito comovente quando da edificação de sua sede por centenas de voluntários (a maioria carentes), onde uma mãe aparece em meio a multidão, segurando o filho em um braço e no outro carrega um tijolo para a construção desta Casa de Luz (ver foto e vídeo).
     Nos anos 90 foi criado o programa Lar-Escola CAZITA (Casa da Criança e do Adolescente Zita Engel Ayer) com o trabalho mais voltado a criança e ao adolescente em situação de vulnerabilidade, e ao atendimento psicossocial às famílias e gestantes em situação de risco.
     Localizada na área central de Alfenas, seu público provém de diversos bairros de população de baixa renda da cidade. Atualmente conta com os seguintes recursos humanos: 38 voluntários atuantes (Oficinas Beija-Flor e Fios e Desafios) e 10 funcionários celetistas (oficinas, administrativos, pedagógicos, cozinha e serviços gerais). Para conhecer mais o trabalho desta entidade visite o site http://www.sarai.org.br.

Fontes de pesquisa:
Jornal dos Lagos, 11/10/2008
Site http://www.sarai.org.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A noiva do Dr. Lincoln

Olá amigos! Tive o prazer de receber um texto de uma pessoa que foi noiva do Prof. Dr. Lincoln Westin da Silveira para ser publicado aqui. Demorei um pouco porque precisava achar uma foto dele. Espero que gostem.



A noiva do Prof. Dr. Lincoln

Por Maria Stella Terelli Dias








                        Na década de 60, seria talvez 1965, fui com minha irmã para a casa de nossos avós em Monte Belo, antes de seguir para Belo Horizonte , onde fixaria residência com nossos pais e irmãos menores.
                        Certo dia meu tio chegou comentando sobre a chegada de várias pessoas de outros municípios para assistir um júri,  que o Dr. Lincoln, primo de mamãe, brilhante advogado e conhecido em todo o Sul de Minas, faria a defesa.
                        Jovem e curiosa, segui  junto a ele até o local, sendo recebidos pelo Dr. Lincoln, já vestido com a toga, que nos cumprimentou e pediu que nos apressasse e tomássemos o lugar no salão, pois o Júri em breve começaria.
                        No intervalo tivemos com ele uma rápida conversa no corredor, em que meu tio convidou-o para jantar, dizendo que já estaria indo embora, mas que eu ficaria até o fim.
                        Foi um jantar muito agradável, com conversa alegre e muito flerte.
                        Desculpou-se por não poder demorar, pois seguiria viagem até a cidade vizinha, onde no dia seguinte atuaria em outra defesa. Convidou-me para assistir, dizendo que ficaria muito feliz com minha presença.
                        Passei a noite matutando como fazer para deslocar-me para o município vizinho. Fomos então de “jardineira”, minha irmã e eu, mas infelizmente devido ao horário não pudemos ficar até o final.
                        A noite, quando voltou, deixou-me uma caixa de bombons, uma carta romântica e uma poesia sobre rosas.
                        Eu já pensava em seguir para BH, quando minha tia de Alfenas  ligou para vovó dizendo que estava doente e precisava de repouso absoluto. Precisava de alguém para cuidar dos serviços da casa e dos flhos. Ciente da dificuldade que vovó teria para enviar alguém tão rápido, ofereci-me para ir ficar uma semana até que conseguissem alguém para tal.
                         Já em Alfenas comentei com os parentes que tinha assistido dois júris, onde o Dr. Lincoln atuara brilhantemente. Meu primo adolescente começou a rir sem parar. No dia seguinte meu primo pediu que eu colocasse uma roupa bem bonita, porque a noite receberíamos visitas, achei que fosse para  tia adoentada. Para surpresa de todos a visita era o Dr. Lincoln, que chegou com bombons. Ali naquela noite começamos a namorar.
                        Acabei ficando quase um mês em Alfenas, até que meu irmão mais velho ligou pedindo que pegasse o ônibus para BH, pois já tinha emprego para nós duas. Ficamos alguns meses na casa do avô paterno, até que nossos pais chegassem de São Paulo com a mudança.
                        Enquanto isso passei a corresponder com o Lincoln, que logo apareceu de surpresa na casa de vovô. Foi convidado a jantar, e meu tio também advogado chamou-o para trabalhar em BH, em um escritório já muito conhecido.
                        Nossa conversava sempre muito interessante e agradável.  Filosofava, declamava, falava muito de seu ídolo Thomás more, e de suas obras: A súplica das Almas, Rosa......, e apreciações jurídicas, tratados etc....
                        Passadas algumas semanas, apareceu novamente. Nesta oportunidade perguntou-me se me casaria com ele para morar em Alfenas, pois se sentia responsável pela mãe e irmãs e fazia questão de estar com elas.  Propos então que morássemos numa edícula, na rua ao lado da casa da mãe. Aceitei e disse que também trabalharia para ajudar nas despesas, e assim um dia poderíamos ter uma casa melhor.
                        Comentei com meus padrinhos de batismo que ficaram tão felizes que iniciaram meu enxoval. Foi combinado com meus tios, que ele iria me apresentar ao Lions Clube, em um jantar em data a combinar com antecedência em Alfenas, para que esperássemos meu pai chegar de São Paulo para me acompanhar. Ficamos aguardando então a data.
                        Antes de qualquer notícia sobre o assunto, já trabalhando em dois empregos e estudando a noite,  apareceu um moça em meu serviço dizendo ser a namorada de muitos anos do Lincoln, em que não deixaria de forma alguma que ele se cassasse comigo. Foi um verdadeiro rebuliço na minha vida e na minha cabeça. Meus tios ficaram decepcionados querendo uma satisfação...
                        Comuniquei-me com ele por telefone e logo em seguida ele apareceu rapidamente em BH, confirmando nosso noivado, que iríamos nos casar e meu pediu que esquecesse o ocorrido e que não tocasse mais no assunto. Contou-me ele que todas as tardes, quando chegava em casa, tirava a camisa e sua mãe coçava-lhe as costas, e que isso relaxava-o muito. Prometi então que faria o mesmo depois de casados.
                        Como sou sensitiva desde criança, em certa ocasião tive uma visão do Lincoln conversando com uma chinesa , num circo, muito alegre e risonho e ela de maiô. O ciúme bateu e então telefonei a ele pedindo explicações. Ele não gostou, achou que tinha pedido a alguém para vigiá-lo, e mesmo explicando que era sensitiva acho que não acreditou.
                        O tempo corria e as cartas foram ficando mais escassas, a paixão foi esfriando e a vida no corre-corre, e a prioridade de ambos era sua respectiva família.
                        Não escrevi mais, tão pouco recebi outras cartas. Dei então por encerrado nosso namoro.
                         Em certa ocasião fomos convidados para um aniversário em outro bairro. Era uma festa com muitos jovens e três deles me olhava e riam, o quê me constrangia. Perguntei então a um deles o que ocorria, ele prontamente respondeu: -Você não é a noiva do Dr. Lincoln? Fiquei realmente assustada e disse a ele que tinha sido namorada e que ele deveria estar com a outra noiva, ao que responderam, que a cidade toda sabia que a noiva era eu.
                        Dois anos depois conheci um novo amor, com quem me casei e vivi estes 45 anos de grandes realizações.
                        Porém, morando em Florianópolis, um dia estava a plantar flores, quando tive uma visão com o Lincoln dizendo que viera se despedir. Falou do amor que sentira por mim e de muitas cartas extraviadas... Liguei para  minha tia que me confirmou o falecimento dele...
                        E assim, agradeço a Deus por conceder-me nesta vida amar e ser amada por dois homens sensíveis , inteligentes e generosos.

Stella


                       Foto da Stella no carnaval de Tiradentes.
                       




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

LUBISOMI

LUBISOMI 

Por Alcione Oliveira







DIZ O POVO QUE É O MARCELO

MORADÔ LÁ DO MARMELO
O LUBISOMI DAQUI...

NAS NOITE DE LUA CHEIA

A GENTE INTÉ SE ARREPEIA
TEM MEDO INTÉ DE SAÍ.
QUEM ÓIA PRÊLE JÁ VÊ
OS PELO DO CORPO CRESCÊ
AS FEIÇÃO DISFIGURÁ!
ELE CORRE PRA DENTO DO MATO
E OIANO A LUA NO ARTO
ELE CUMEÇA A UIVÁ!
NOS DENTI TRAIS OS FIAPO
DAS COISA PEGA NO MATO
DAS CAÇA QUE FEIZ POR LÁ!       
AS UNHA SUJA QUE VEM
INTÉ BARRO DIBAXO TEM
DE TANTU O CHÃO ARRANHÁ!
TRAIZ O CORPO BEM MARCADO
DOS ISPINHU INTRELAÇADO
DOS ARRANHA-GATO ISFREGÁ!
AS CRIANÇA SAI CORRENO
JÁ CHORANO,SÓ SE VENO
ELE NA ISTRADA PASSÁ!
DIZ QUE É A MARDIÇÃO
DO BENZEDÔ SÔ ANTÃO
POR CONTA DA SUA PAXÃO                
PAMODI A DINORÁ!
ELA NUM QUIS ELE NÃO
FOI SE DEITÁ CUM SIMIÃO
O SEU AMÔ COMPROVÁ!
OIANO O CÉU TÃO BUNITO
LUA CHEIA NO INFINITO
ANTÃO PROMETEU SE VINGÁ!
SE OCÊ INCHÊ O BUCHO
SE TEU FIO NUM FÔ UM BRUXO
LUBISOMI HÁ DE VIRÁ
PRA ANSIM A VIDA INTERA
OCÊ DE MIM SE ALEMBRÁ!
ACENDEU UMA VELA PRETA
OFERECEU PRO CAPETA
E CUMEÇÔ A REZÁ...


DINORÁ OIÔ PRU CÉU

DAS LÁGRIMA PUXÔ O VÉU        
QUE OS ZÓIO VEIO IMBAÇÁ.
VIU sÃO jORGI TÃO VERMEIO
NO REFREXO DO ESPEIO
DA LUZ DO SEU OIÁ!
MEU SANTO VÊ SE OCÊ PÓDE    
NA LUA SE ISPREMÊ
NAS NOVE LUA QUE VEM
A CHEIA NUM PARECÊ!
OS MEIS FOI SE PASSANO
AS LUA INO E VORTANO
A CRIANÇA PRA NASCÊ...
NOVE LUA CUMPRETÔ
A CHEIA NO CÉU DISPONTÔ
QUAJI QUERENO ISTORÁ...
MEIA NOITE INTÃO BATEU
A BORSA DÁGUA ROMPEU
PRA CRIANÇA ISPURSÁ.
O MININO QUE NACEU
NEM UM CHORINHO NUM DEU
JÁ CUMEÇÔ A UIVÁ!!!

Alcione Oliveira
.













sábado, 28 de julho de 2012

Maternidade

By Alcione Oliveira




Na loteria da vida...
Eu fui por Deus premiada

A sorte grande eu tirei 

A fortuna acumulada!

Os enjôos se achegaram
O meu ventre se mexeu
Alguns meses se passaram 
Minha barriga cresceu

Eis na vida o mistério
Mistério à desvendar
Como pode dentro de um ser 
Outro ser ele abrigar

Os laços se estreitando
Um amor sem nome surgindo 
O coração palpitando
Pelo filho que estava vindo

Ao chegar o grande dia

Da minha coroação
Dos céus as bençãos desciam
Jesus o trazia nas mãos

A hora tão esperada
Do prêmio eu receber
A coroa era só minha
Ver o meu filho nascer!

Três vezes eu fui rainha
Três fortunas acumulei
A mãe mais rica da vida
Pois no seu jogo eu ganhei!

terça-feira, 24 de julho de 2012

SÃO JORGE





São Jorge meu bão guerrero
Tua proteção vim buscá
Na força da tua ispada
Pidí pru Sinhô me guardá!

Nas noite de lua cheia
Quando eu lhe vê lá no céu
Na sua morada eterna
No seu cavalo fiel...

Vô querê lhe agradecê
Ergueno em sua direção
Apontado em forma de ispada
Os dedo da minha mão.




São Jorge, na lua minguante
Adondi eu vô lhe encontrá?
Se daqui da terra num vejo
Dondi é que o sinhô póde istá.

Mai memo ansim, meu sinhô
Sei que há de tá por lá
No brio das quatro lua
E dentro do meu oiá!!!

VISAGI...

Minha amiga Alcione Oliveira teve uma visão hoje pela manhã e escreveu este poema. Sei que vocês irão adorar! Boa tarde a todos!



DO TERRERO DE CAFÉ

EU OIAVA A ISTRADA
UM CAVALERO NO SEU CAVALO
AMUNTADO ALI PASSAVA.



NO PRIMERO LANCE DE VISTA

NUM DEU PRA RECUNHECÊ
FIRMEI AS VISTA NA ISTRADA
E O CAVALERO, CADÊ??????



O CAVALO PARECIA 
NAS NUVE MEMO ANDÁ
POIS SEU TROTÁ ERA MUDO
NUM DAVA PRA SE ISCUITÁ.



NEM OS CACHORRO LATIRO

NEM SAÍRO DO LUGÁ
NEM AS CRIANÇA VIRO
O CAVALERO PASSÁ...



ARREGISTREI NA MEMÓRIA

ESSA VISAGI BUNITA
UM CAVALERO DO ALÉM
ME FEIZ HOJI UMA VISITA!!!
Alcione Oliveira.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Nossa Sinhora

Alcione  Oliveira




HOJI A BOMBA DO MEU PEITO
CUMEÇÔ QUERÊ FAIÁ
PURSÔ FORTI, DISCUMPASSADA
QUAJI QUERENO PARÁ.


APEGUEI CUM MINHA SANTINHA
JUNTO DELA EU FUI REZÁ
SANTA SINHORA MINHA
ME AJUDA A MIORÁ.



E QUAR FOI MINHA SUPRESA
EU A SANTA A OIÁ
DOS LÁBIO DE NOSSA SINHORA
UM SORRISO VI BROTÁ.





E O TAMBOR DISRITIMADO
NA EMOÇÃO DAQUELA HORA
DEU UM SARTO E ACOMODÔ NO PEITO
BENDITA NOSSA SINHORA!.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Que lugar é este?

Tarde meu povo das Minas Gerais! Mais uma da Maria Mestriner!





Que lugar é este , que me encanta e faz sonhar....

Bastou um simples encontro naquele lugar,
Tudo tão bonito pra gente se amar
Parecia coisa de outro mundo..até as estrelas veio contemplar... Tão alucinada com o seu olhar
Um clima diferente e envolvente
A gente sentado ali no lago eu fiquei fora de mim
Não pensava um dia encontrar você
Tomou conta de mim
Dê um jeito tão lindo assim
Você veio pra me completar
Então vem me amar

Faz frio.

Boa tarde! O frio hoje está de cortar né? Publico texto e poema de Maria Mestriner, integrante do grupo que mora em Americana-SP! 








"Faz frio. O frio me aquece as palavras. Arrepia saudade. Doem vontades. Baixa a névoa das lembranças. De branco e cinza pinta meu coração. Congela o tempo. Umedece sentimentos Bate do lado de fora e de dentro de mim. Não vejo o horizonte e minhas asas estão molhadas, mas levanto vôo mesmo assim em busca de sol. E nesse vôo cego, rego os meus sonhos, rego o meu dia. O meu céu não é um lugar qualquer. Mesmo quando não tem sol, tem perfume no ar. Perfume que faço questão de carregar. Voar é supersônico. Tem vantagens. Não é preciso contar passos, nem as horas do momento. Muito menos de saber aonde vai se chegar. Não importa mesmo onde o vôo vai dar. Por isso, seja o que Deus quiser, o tempo frio abre as portas da gaiola da realidade para os vôos. Sem medo, abro minhas asas e me concedo total e irrestrita liberdade. Não me questiono. Apenas vôo."
Mais um da autora:


Todos nós temos necessidade de afeto. Muitas vezes temos dificuldade em expressar o que sentimos pelas pessoas, achamos que elas sabem e que isso é suficiente.

Mas quem não gosta de um abraço, um carinho, uma palavra amiga, uma palavra de amor?! Quem não precisa disso ?!

Há pessoas morrendo de fome no mundo, todos falam, mas quantas pessoas há que estão morrendo de solidão ?!

Recebemos com freqüência mensagens dizendo que devemos dizer às pessoas o quanto as amamos porque nunca sabemos se é a última vez que as estamos vendo. Isso é para aliviar nossa consciência no caso das pessoas desaparecerem repentinamente. Mas eu digo que devemos dizer às pessoas que as amamos como se fôssemos encontrá-las na manhã seguinte, como se fôssemos encontrar um sorriso de volta, ou ver um brilho todo especial provocado por nós.

Um dos maiores prazeres da vida é ver a felicidade das pessoas que amamos. Há alguns anos escrevi uma frase para uma pessoa num momento em que ela não estava bem. Essa frase dizia assim:

"Não fique triste. Se você fica triste, fico triste. E eu não gosto de me ver triste..."

Ela sorriu. E nessa frase aparentemente egoísta eu acabei dizendo uma grande verdade. Sim, porque no fundo se não fazemos as pessoas felizes por elas mesmas, que as façamos então por nós mesmos.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alfenas, cidade amada!


Boa tarde amigos, apresento-lhes hoje uma grande poetiza, Alcione. Alcione de Oliveira Alexandrino nasceu em Poços de Caldas em 04/10/1960, onde fez os cursos primário e ginasial. Fez em São Paulo o curso Técnico Profissionalizante em Patologia Clínica. Veio então para Alfenas para fazer o curso de Medicina Veterinária na Unifenas, após atuar profissionalmente vários anos em Alfenas ela decidiu se mudar para o campo. Reside hoje bem pertinho da natureza em uma fazenda no município de Três Corações (MG), divide sem tempo entre cuidar de animais e plantas que são sua paixão,  e escrever lindas poesias. Deixe se comentário para nossa amiga Alcione! 







Cidade Amada

By Alcione Oliveira






Quer saber de onde eu sou
Meu sotaque vai dizer
Não precisa ser doutor
Pra minha origem saber.

Meu Estado é abençoado
A chuva cai, o sol vem
Semente no chão rasga a terra
Fartura o ano todo se tem.

Na boca o "trem" é um doce
"Uai" também é demais
Eu sou meu amigo novo
Aqui das Minas Gerais.

O meu endereço eu lhe deixo
Caso queira me visitar
No Sul de Minas primeiro
Você terá que chegar.

A cidade é um paraiso
Ao ver me dará razão
Quem chega, daqui se vai
Levando-a no coração.

Da minha janela se vê
A natureza sem véu
Não há poluição que encortine
Esse cantinho do céu.

A represa que a recorta
Torna suas tardes amenas
Eis a cidade que eu amo
Seu nome??? seu nome é ALFENAS!!!

Alcione Oliveira.

domingo, 1 de julho de 2012

Quermesses Juninas

Olá amigos, hoje recordaremos através do texto de Roberto Luiz Silva Gomes (e ilustração de Milton Kennedy), as tradicionais quermesses juninas que aconteciam em frente à Igreja de Nª Sª Aparecida. E se você também tiver alguma lembrança bacana daquela época, após ler o texto deixe seu comentário contando suas lembranças.

"Lembro-me das quermesses juninas que se realizavam em frente à igreja da Matriz de Nossa Senhora Aparecida, hoje Praça Tereza Carvalho. O piso era de terra batida, os festeiros escolhidos dentre aqueles de frequência assídua aos atos religiosos de famílias tradicionais. 
Haviam as barracas de leilões de prendas (perus, frangos, leitoas, assados e envoltos com pão de queijo), embalados em papel celofane e numa bandeja de papelão, muitos feitos sob encomenda para o famoso quitandeiro da época "Zé da Nega". Junto às prendas acompanhava uma garrafa de vinho, sem esquecer os licores. 

Festas Juninas

O leiloeiro assim expressa: Quem dá mais?! Quem dá mais?!, Dou-lhe uma, dou-lhe duas..., a prenda foi arrematada ali pelo "Coroné" fulano de tal. E os cartuchos ! Que maravilha ! Eram confeccionados em cartolina envoltos com papel crepom (verdadeiras obras de arte), muitos deles parecia uma árvore de natal, cada um mais bonito que o outro, recheados de guloseimas (pé de moleque, balas de coco, doce de leite...), e outros recheados de broas, brevidades, biscoitinhos secos, rosquinhas de nata..., nós crianças ficávamos deslumbradas com tanto colorido. 
Haviam também as barracas de tiro ao alvo, jogos de argola, barraca do coelhinho, a mais concorrida pela criançada. Havia também o " Coreto", onde o professor e maestro Sr. Eurico Hayden com toda maestria apresentava a "Banda Musical", executando marchinhas e dobrados que enchia de alegria e euforia a todos que lá estavam . 

Santo Antônio, São João e São Pedro

Nesta época as barracas eram cobertas por sapé (capim). Lembro que uma delas pegou fogo (caiu uma faísca de rojão), foi um corre-corre daqueles para apagar o incêndio. 
Após o "terço" dedicado ao santo padroeiro, sendo os atos cerimoniais administrados pelo saudoso vigário Pe. José Grimmink, se apresentava na quermesse com sua indumentária característica, batina preta serrilhada de botões, que começava no colarinho indo até aos pés. 
Haviam também o fogueteiro que nos intervalos da "Banda", soltava os " rojões de vara", era um show de luzes. A festança durava uma semana, sendo que no ultimo dia realizava-se o leilão de gado (doações dos sitiantes e fazendeiros), em lugar específico. 
Ficou em minha memória essa lembrança de minha infância".


Roberto Luiz Silva Gomes


terça-feira, 8 de maio de 2012

O Benfeitor

Boa tarde a todos! Estive meio ausente por força de cinscunstâncias, mas retorno hoje com um causo do Luiz Carlos Esteves, alfenense da gema, mora em Pouso Alegre! Abraços




Como aqui é um ponto de encontro de amigos, vou compartilhar meu inicio de vida profissional, pra vcs verem como nosso Destino esta marcado...









Como aqui é um ponto de encontro de amigos, vou compartilhar meu inicio de vida profissional, pra vcs verem como nosso Destino esta marcado...

Me formei em 1976, 18 de Dezembro..dia 20 me mandei pra Sao Paulo com duas "canastras"..uma de livros e outra de roupas e coisas pessoais, tinha ajustado um emprego numa Clínica na Freguesia do Ó, onde trabalharia, comeria e dormiria na Clinica, então me mandei com cara e coragem e sem dinheiro...rs
Chegando la, qual não foi minha surpresa, o dono da clínica havia arrumado outro Dentista, q trabalharia por um preço mais barato do q tinhamos combinado; e ele me disse: o q posso fazer por vc é te levar no trevo da Fernão Dias pra vc pegar uma carona...
E la fui eu, com 2 malas enormes, 3 hs da tarde pedir carona pra voltar pra casa..
Ja tarde consegui uma carona num caminhão, que ao chegar no trevo de Pouso Alegre, o motorista disse q dormiria ali no posto, e eu?...bem, peguei uma circular q me informaram passaria as 22,30 com a turma q saia da Alpargatas..e fiquei la no fundo ate o ponto final
Ao descer do onibus vi um Dormitório bem em frente, bati, ja era tarde..um senhor me atendeu e informou q so teria uma cama num quarto com 3, onde 2 ja estavam la..aceitei
Era 2 adeptos do hare krishna, q entoavam um mantra qdo entrei no quarto..
Não conseguindo dormir, me levantei e fui procurar a cozinha, encontrei um senhor de idade "pitando um cigarro de paia", perguntei se tinha um cafe, me serviu e ficamos proseando....contei minha historia..e ele me disse: Olha, semana passada teve um acidente, e faleceu um Dentista aqui da Cidade, conheço o pai dele...pq vc nao vai la e ve se ele nao te aluga o consultorio dele?
e assim fiz, no outro dia fui la no endereço q ele me deu, bati e o senhor me atendeu, contei o ocorrido e ele me disse: Olha, espera um pouquinho aqui....e entrou
Depois de uns minutos, voltou com um chave e me disse, toma..pode ficar pra vc, não tenho pra quem deixar isso...vc somente paga o aluguel qdo vencer, mas fica com tudo pra vc...
Fiquei muito surpreso, aceitei e insisti q quando pudesse o pagaria pelo consultorio
E assim no dia 21 de Dezembro de 1976 começei a trabalhar em Pouso Alegre, onde eu nunca imaginei em trabalhar...em Março de 1977 vendi o consultorio a um colega, paguei o meu benfeitor e pude comprar ja um consultorio novo..e aqui estou eu ate hj...
As vezes a vida nos leva......

sábado, 14 de abril de 2012

O cheiro do mingau de fubá me persegue!


Boa tardeeeeeee! Trazendo hoje para vocês um texto da Thais Moura! Grandes lembranças! Thais muito obrigada pelo texto!


O cheiro do mingau de fubá me persegue!


Por Thaïs Moura







Eram frias... Muito frias as manhãs geladas que me acompanhavam em direção ao Grupo Escolar Cel. José Bento. Também pudera... Uniforme de tergal composto de saia pregueada e poncho vermelho com dois pompons de lã. Ó meu Deus, porque na minha infância ainda não tinham inventado o moletom? Pernas congeladas choramingavam por massagem materna com arnica...
Porém o mais frio era o “não” da cantineira ao entrar na fila da merenda.
Os coleguinhas, filhos dos mais “abastados” levavam biscoitos caseiros e pão de lót. Os outros da periferia tinham o mingau de fubá, a macarronada e a canjiquinha.
E nesse mundo restava o contentamento do pão com manteiga frio e constante.
A variação ocorria quando eu pulava na pasta de cadernos e fazia um misto “quente” com aquele pão e me vangloriava...
Maçã? Só quando se ficava doente ou tinha um parente na capital que a trazia... Eu guardava o papel roxo debaixo do travesseiro para simplesmente me satisfazer com o aroma e sonhar. Mas antes de dormir, clamava a Deus para ser rica e poder comer uma maçã todos os dias.
Hoje não como maçã. Tem um gosto horrível de isopor e trai as minhas tão tenras lembranças!


Éramos felizes!


(Lembranças)












Thais Moura é filha da Prof. Lígia e Prof. Alaor,  pessoas que me trazem lindas lembranças da adolescência. Mora em Belo Horizonte, graduada  em comunicação social e com MBA em Gestão de Pessoas, trabalha na Caixa Econômica Federal.
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