quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alfena

Hoje o Jovany Salles Rey acordou inspirado a falar de nossa co-irmã portuguesa Alfena (isso mesmo, sem o s).  Decidi então antes de postar o texto pesquisar sobre a cidade portuguesa no google,  postarei aqui o principal.


Nome

Alfena nem sempre correspondeu à atual designação. Na Idade Média, era conhecida por S. Vicente de Queimadela, enquanto que Alfena era um mero lugar daquela freguesia. Alfena é nome único na toponímica de Portugal. Ao berço de Alfena, dá-se o nome de Rua, pois aquela era a Rua de Alfena, o centro da vida quotidiana do burgo e era em Alfena que se encontrava o Hospital dos Leprosos e o comércio e albergarias da época. Ainda hoje, na toponímica de Alfena, encontramos a "Rua Nova de Alfena", tratando-se de uma via que liga a "Velha Alfena" ao atual centro daCidade.
Existem duas interpretações relacionadas com a origem do nome Alfena. Uma delas tem em conta o nome de um arbusto, chamado alfeneiro ou ligustro, utilizado para tingir ou embelezar. A outra interpretação diz que, segundo P. António Carvalho da Costa, Alfena "tomou este nome de uma batalha que ali demos aos Mouros, em que entraram sete condes. Em linguagem árabe, Alfena queria dizer batalha."Esta última interpretação baseia-se na semelhança da palavra árabe "Alfella", que quer dizer "campo ou arraial", com Alfena. Mas, a interpretação mais correcta parece ser a primeira.
Segundo António Russo Cabrita, na sua Monografia do Concelho de Valongo, à página 97, o nome Alfena vem da época da invasão árabe, Al-Henna, designação de um arbusto que existia em abundância na região e, ainda hoje, é encontrado na Serra de Valongo. Na cidade de Alfena, cultivam-se estes arbustos com o propósito de manter viva a memória toponímica.


Situação

A cidade corresponde à freguesia mais setentrional do concelho, confrontando-se com os vizinhos municípios de Santo Tirso, a nordeste, e Maia, a noroeste. O seu território ocupa uma área de aproximadamente 13 km², envolto das congéneres Ermesinde, a sudoeste, e Valongo, a sudeste e a este pela freguesia de Sobrado(também pertencente ao concelho de Valongo).
Pelo extenso e alongado vale de Alfena, corre o Rio Leça, no seu curso natural, acompanhado por uma planície a perder de vista, pontuada aqui e além por pequenos planaltos. Alfena é emoldurada por Sete Altos, que correspondem a sete Montes:
  • Alto de São Miguel-o-Anjo;
  • Alto Quatorze;
  • Alto de Santa Margarida;
  • Alto da Bela;
  • Alto do Reguengo;
  • Alto de Vilar
  • Mirante de Sonhos (que parte com a cidade de Ermesinde)

E agora o texto By Jovany Salles Rey

CAUSOS DE ALFENA

Que título é esse, Jovany!? Tá dormindo? Cadê o S final de Alfenas? Calma que eu explico. É que o causo de hoje não é sobre Alfenas e sim sobre Alfena, a cidadezinha portuguesa que está na raiz de nossa história. De lá vieram para o Brasil, no século 18, os irmãos José e Francisco Martins Borralho, que se estabeleceram em Aiuruoca e, como era costume dos imigrantes portugueses da época, acrescentaram ao sobrenome o nome de sua terra natal, passando a ser conhecidos por família dos Martins Alfena ou “os Alfenas”. Algum tempo depois, seus filhos (em número de sete) mudaram para nossa região. Um deles, o alferes José Martins Borralho, ganhou uma sesmaria em 8 de outubro de 1784, data que passou a ser considerada o marco inicial da nossa história documentada.
Alfena é uma cidadezinha do norte de Portugal, localizada a apenas doze quilômetros da cidade do Porto. Seus 22 mil habitantes também se chamam de alfenenses, como nós, e se orgulham pela cidade ser considerada uma espécie de referência nacional do motociclismo. Todos os anos acontece lá, entre maio e junho, a “Concentração Motard de Alfena”, que reúne milhares de aficcionados do esporte. Um dos pontos altos do evento é o interminável desfile noturno dos motociclistas pelas ruas da cidade, empunhando tochas acesas.

Outras dois festejos anuais também atraem muitos visitantes. Um é o carnaval, que tem um detalhe sensacional: na noite de terça-feira acontece a leitura em praça pública do que eles chamam de “Testamento do João”, uma espécie de balanço do último ano, com críticas ácidas e debochadas aos órgãos da administração pública, aos políticos e à polícia, apontando os erros cometidos, quem os cometeu e o que precisa ser melhorado ou corrigido. Podíamos tomar coragem e copiar essa tradição deles!

O outro festejo popular entre os alfenenses da banda de lá é a Festa de Nossa Senhora do Amparo, realizada no último domingo de julho, quando as ruas principais são forradas com belíssimos arranjos de flores, que servem de tapete para a passagem da procissão com o andor da santa. Como ela é a padroeira dos estudantes universitários de Alfena, eles a homenageiam acompanhando o cortejo trajados com uniformes de gala e, ao final, estendem suas capas no chão para o andor passar por cima antes de entrar na igreja.

Mas Alfena é famosa mesmo em Portugal por outra razão: os OVNIs. Assim como o ET trouxe fama à Varginha, uma revoada de discos voadores, presenciada e fotografada por dezenas de pessoas em 1990, transformou Alfena no centro das atenções da ufologia lusa. O caso é tratado pela mídia portuguesa como “Dossiê Alfena”. Postarei uma foto procês verem.

Tão tá bom. Um dia desses eu conto mais coisas sobre nossa xará d´além-mar.



Prato Principal









    • Jovany Sales Rey ARROZ DE CABIDELA

      Alfena, a cidade portuguesa nossa homônima, é a terra do famoso “Arroz de Cabidela”, também chamado (podem corar os envergonhados) de “Pica no Chão”. A receita é assim:
      Ingredientes
      Uma galinha; cinco colheres (de sopa) de azeite de oliva; três colheres (de sopa) de vinagre; duas cebolas; dois dentes de alho; 100 gramas de toucinho; uma folha de louro; pimenta; um molho de salsa; 700 gramas de arroz; sal a gosto.
      Preparo
      Mate a galinha, aproveitando o sangue. Para não deixar coagular, junte-lhe o vinagre.
      Refogue no azeite a cebola e o alho picado. Acrescente a galinha cortada em pedaços pequenos, com os miúdos (fígado, moela, coração), mais o toucinho cortado em pedacinhhos bem pequenos, o louro, a salsa e a pimenta. Deixe refogar em fogo brando e tempere com o sal.
      Cubra tudo com água quente e tape a panela até a galinha ficar bem cozida.
      A seguir retire a galinha e acrescente a água necessária para cozinhar o arroz (para uma tigela de arroz, três de água). Quando a água levantar fervura, junte o arroz.
      Assim que o arroz estiver quase cozido, acrescente o sangue da galinha, misture bem para não granular, volte a introduzir a galinha aos pedaços e deixe apurar. Sirva imediatamente.
      Quero ver qual das nossas donzelas presentes no grupo terá coragem de matar a galinha e recolher o sangue, rs

2 comentários:

  1. Eita que os causos aqui são pra lá de bão!

    Vou imprimir essa receita e levar para o meu portuga(pai) ele com certeza conhece esse prato!

    Passarei sempre por aqui para apreciar!

    Inté a próxima!

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  2. Obrigada pela audiência Tatiana Moreira! Volte Sempre!

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