Por Túlio Faria
Sargento Teixeira, era o
superior do tiro de guerra daqui. Mal tinha levantado já começava a treinar os
novos recrutas para ingressar no exercito era tão apaixonado pelo seu exercito
que colocou o nome de seus oito filhos por números, ou seja; Um Teixeira, Dois
Teixeira, Três Teixeira, até o Oito Teixeira.
O nome verdadeiro do sargento
era Athaíde Teixeira. Tinha uma febre que só falava de guerra, guerrilha e
atentado, num falava de outra coisa.
No quartel os guarda que
faziam a ronda à noite, ficava de butuca zanzando pra lá e pra cá, em tudo que
é canto, agente pensava e matutava a madrugada toda, uma rivalidade dos
soldados pra ver quem enxergava mais longe; concentração total.
O sargento Athaide tinha
sempre um trunfo na manga, tinha sido condecorado varias vezes por bravura,
homem forte, desconfiado e turrão, ele ficava espiando, vigiava e as vezes
pegava um recruta cochilando mandava fazer inúmeros exercícios físicos. Em
apenas duas semanas, ele pegou o soldado Ártemis, três vezes dormindo e duas
vezes atrasado.
- Soldado Ártemis, em forma.
- Sim Senhor.
- Não escutei direito.
- Num tom mais alto e
caloroso Sim Senhor.
- Brigou com alguém soldado?
- Não senhor.
- Então me conte o que anda
acontecendo.
- Só nesse mês você já teve
cinco advertências?
- Senhor com deveras
respeito.
- Senhor é que a cama olhou
pra mim, eu olhei pra ela.
- Ela olhou de novo pra mim.
- Ela deu um piscão pra
mim....
- Parece que a coisa atenta,
agente num resiste.
- E ai?
- Eu dei aquele abraço,
SENHOR.
Então a partir de hoje o
soldado Ártemis vai varrer o quartel inteiro todo dia e lavar os banheiros dos
alojamentos, certo.
- Sim senhor!
- Senhor como o senhor vê,
não é preguiça minha, é só um abraço errado, uai!
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