sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Poema: Alfenas







Waldyr de Luna Carneiro, autor do prefácio de um livro que editei em 88, diz que, dos meus poemas, esse é o seu favorito. Mas vou logo avisando, pra entender o sentido dos versos, alguns deles bem gaiatos, só com um dicionário do lado.

ALFENAS

Se é Alfama, se é Alfeite essa formosa dama
vem me auferir Seu Zé Leite e alfaraz ao fenestrador afianço:
nem Alfama, nem Alfeite, é apenas... Alfenas
pois se Alfenas não fosse, onde mais, Seu Zé, me diga
alfenins afobados alfenam-se pros alfeças seus alfobres afofarem
e alfênicas alfaiadas, desaforadas, alforriam da alforra suas alfafinhas?
onde mais, Seu Zé, me diga, dos fuxicos das alfeires
fogem afoitos os d´alfurja e os alfanjes dos alferes
fúfios, não ferem, afrouxam, os alfaneques?
onde mais, Seu Zé, me diga, os alfarrábios locais
alfinetam os alferças boçais à força de alféolas?

Seu Zé, onde mais se não aqui corre/rreu o Alfeu Sapucaí?



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