sábado, 28 de julho de 2012

Maternidade

By Alcione Oliveira




Na loteria da vida...
Eu fui por Deus premiada

A sorte grande eu tirei 

A fortuna acumulada!

Os enjôos se achegaram
O meu ventre se mexeu
Alguns meses se passaram 
Minha barriga cresceu

Eis na vida o mistério
Mistério à desvendar
Como pode dentro de um ser 
Outro ser ele abrigar

Os laços se estreitando
Um amor sem nome surgindo 
O coração palpitando
Pelo filho que estava vindo

Ao chegar o grande dia

Da minha coroação
Dos céus as bençãos desciam
Jesus o trazia nas mãos

A hora tão esperada
Do prêmio eu receber
A coroa era só minha
Ver o meu filho nascer!

Três vezes eu fui rainha
Três fortunas acumulei
A mãe mais rica da vida
Pois no seu jogo eu ganhei!

terça-feira, 24 de julho de 2012

SÃO JORGE





São Jorge meu bão guerrero
Tua proteção vim buscá
Na força da tua ispada
Pidí pru Sinhô me guardá!

Nas noite de lua cheia
Quando eu lhe vê lá no céu
Na sua morada eterna
No seu cavalo fiel...

Vô querê lhe agradecê
Ergueno em sua direção
Apontado em forma de ispada
Os dedo da minha mão.




São Jorge, na lua minguante
Adondi eu vô lhe encontrá?
Se daqui da terra num vejo
Dondi é que o sinhô póde istá.

Mai memo ansim, meu sinhô
Sei que há de tá por lá
No brio das quatro lua
E dentro do meu oiá!!!

VISAGI...

Minha amiga Alcione Oliveira teve uma visão hoje pela manhã e escreveu este poema. Sei que vocês irão adorar! Boa tarde a todos!



DO TERRERO DE CAFÉ

EU OIAVA A ISTRADA
UM CAVALERO NO SEU CAVALO
AMUNTADO ALI PASSAVA.



NO PRIMERO LANCE DE VISTA

NUM DEU PRA RECUNHECÊ
FIRMEI AS VISTA NA ISTRADA
E O CAVALERO, CADÊ??????



O CAVALO PARECIA 
NAS NUVE MEMO ANDÁ
POIS SEU TROTÁ ERA MUDO
NUM DAVA PRA SE ISCUITÁ.



NEM OS CACHORRO LATIRO

NEM SAÍRO DO LUGÁ
NEM AS CRIANÇA VIRO
O CAVALERO PASSÁ...



ARREGISTREI NA MEMÓRIA

ESSA VISAGI BUNITA
UM CAVALERO DO ALÉM
ME FEIZ HOJI UMA VISITA!!!
Alcione Oliveira.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Nossa Sinhora

Alcione  Oliveira




HOJI A BOMBA DO MEU PEITO
CUMEÇÔ QUERÊ FAIÁ
PURSÔ FORTI, DISCUMPASSADA
QUAJI QUERENO PARÁ.


APEGUEI CUM MINHA SANTINHA
JUNTO DELA EU FUI REZÁ
SANTA SINHORA MINHA
ME AJUDA A MIORÁ.



E QUAR FOI MINHA SUPRESA
EU A SANTA A OIÁ
DOS LÁBIO DE NOSSA SINHORA
UM SORRISO VI BROTÁ.





E O TAMBOR DISRITIMADO
NA EMOÇÃO DAQUELA HORA
DEU UM SARTO E ACOMODÔ NO PEITO
BENDITA NOSSA SINHORA!.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Que lugar é este?

Tarde meu povo das Minas Gerais! Mais uma da Maria Mestriner!





Que lugar é este , que me encanta e faz sonhar....

Bastou um simples encontro naquele lugar,
Tudo tão bonito pra gente se amar
Parecia coisa de outro mundo..até as estrelas veio contemplar... Tão alucinada com o seu olhar
Um clima diferente e envolvente
A gente sentado ali no lago eu fiquei fora de mim
Não pensava um dia encontrar você
Tomou conta de mim
Dê um jeito tão lindo assim
Você veio pra me completar
Então vem me amar

Faz frio.

Boa tarde! O frio hoje está de cortar né? Publico texto e poema de Maria Mestriner, integrante do grupo que mora em Americana-SP! 








"Faz frio. O frio me aquece as palavras. Arrepia saudade. Doem vontades. Baixa a névoa das lembranças. De branco e cinza pinta meu coração. Congela o tempo. Umedece sentimentos Bate do lado de fora e de dentro de mim. Não vejo o horizonte e minhas asas estão molhadas, mas levanto vôo mesmo assim em busca de sol. E nesse vôo cego, rego os meus sonhos, rego o meu dia. O meu céu não é um lugar qualquer. Mesmo quando não tem sol, tem perfume no ar. Perfume que faço questão de carregar. Voar é supersônico. Tem vantagens. Não é preciso contar passos, nem as horas do momento. Muito menos de saber aonde vai se chegar. Não importa mesmo onde o vôo vai dar. Por isso, seja o que Deus quiser, o tempo frio abre as portas da gaiola da realidade para os vôos. Sem medo, abro minhas asas e me concedo total e irrestrita liberdade. Não me questiono. Apenas vôo."
Mais um da autora:


Todos nós temos necessidade de afeto. Muitas vezes temos dificuldade em expressar o que sentimos pelas pessoas, achamos que elas sabem e que isso é suficiente.

Mas quem não gosta de um abraço, um carinho, uma palavra amiga, uma palavra de amor?! Quem não precisa disso ?!

Há pessoas morrendo de fome no mundo, todos falam, mas quantas pessoas há que estão morrendo de solidão ?!

Recebemos com freqüência mensagens dizendo que devemos dizer às pessoas o quanto as amamos porque nunca sabemos se é a última vez que as estamos vendo. Isso é para aliviar nossa consciência no caso das pessoas desaparecerem repentinamente. Mas eu digo que devemos dizer às pessoas que as amamos como se fôssemos encontrá-las na manhã seguinte, como se fôssemos encontrar um sorriso de volta, ou ver um brilho todo especial provocado por nós.

Um dos maiores prazeres da vida é ver a felicidade das pessoas que amamos. Há alguns anos escrevi uma frase para uma pessoa num momento em que ela não estava bem. Essa frase dizia assim:

"Não fique triste. Se você fica triste, fico triste. E eu não gosto de me ver triste..."

Ela sorriu. E nessa frase aparentemente egoísta eu acabei dizendo uma grande verdade. Sim, porque no fundo se não fazemos as pessoas felizes por elas mesmas, que as façamos então por nós mesmos.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alfenas, cidade amada!


Boa tarde amigos, apresento-lhes hoje uma grande poetiza, Alcione. Alcione de Oliveira Alexandrino nasceu em Poços de Caldas em 04/10/1960, onde fez os cursos primário e ginasial. Fez em São Paulo o curso Técnico Profissionalizante em Patologia Clínica. Veio então para Alfenas para fazer o curso de Medicina Veterinária na Unifenas, após atuar profissionalmente vários anos em Alfenas ela decidiu se mudar para o campo. Reside hoje bem pertinho da natureza em uma fazenda no município de Três Corações (MG), divide sem tempo entre cuidar de animais e plantas que são sua paixão,  e escrever lindas poesias. Deixe se comentário para nossa amiga Alcione! 







Cidade Amada

By Alcione Oliveira






Quer saber de onde eu sou
Meu sotaque vai dizer
Não precisa ser doutor
Pra minha origem saber.

Meu Estado é abençoado
A chuva cai, o sol vem
Semente no chão rasga a terra
Fartura o ano todo se tem.

Na boca o "trem" é um doce
"Uai" também é demais
Eu sou meu amigo novo
Aqui das Minas Gerais.

O meu endereço eu lhe deixo
Caso queira me visitar
No Sul de Minas primeiro
Você terá que chegar.

A cidade é um paraiso
Ao ver me dará razão
Quem chega, daqui se vai
Levando-a no coração.

Da minha janela se vê
A natureza sem véu
Não há poluição que encortine
Esse cantinho do céu.

A represa que a recorta
Torna suas tardes amenas
Eis a cidade que eu amo
Seu nome??? seu nome é ALFENAS!!!

Alcione Oliveira.

domingo, 1 de julho de 2012

Quermesses Juninas

Olá amigos, hoje recordaremos através do texto de Roberto Luiz Silva Gomes (e ilustração de Milton Kennedy), as tradicionais quermesses juninas que aconteciam em frente à Igreja de Nª Sª Aparecida. E se você também tiver alguma lembrança bacana daquela época, após ler o texto deixe seu comentário contando suas lembranças.

"Lembro-me das quermesses juninas que se realizavam em frente à igreja da Matriz de Nossa Senhora Aparecida, hoje Praça Tereza Carvalho. O piso era de terra batida, os festeiros escolhidos dentre aqueles de frequência assídua aos atos religiosos de famílias tradicionais. 
Haviam as barracas de leilões de prendas (perus, frangos, leitoas, assados e envoltos com pão de queijo), embalados em papel celofane e numa bandeja de papelão, muitos feitos sob encomenda para o famoso quitandeiro da época "Zé da Nega". Junto às prendas acompanhava uma garrafa de vinho, sem esquecer os licores. 

Festas Juninas

O leiloeiro assim expressa: Quem dá mais?! Quem dá mais?!, Dou-lhe uma, dou-lhe duas..., a prenda foi arrematada ali pelo "Coroné" fulano de tal. E os cartuchos ! Que maravilha ! Eram confeccionados em cartolina envoltos com papel crepom (verdadeiras obras de arte), muitos deles parecia uma árvore de natal, cada um mais bonito que o outro, recheados de guloseimas (pé de moleque, balas de coco, doce de leite...), e outros recheados de broas, brevidades, biscoitinhos secos, rosquinhas de nata..., nós crianças ficávamos deslumbradas com tanto colorido. 
Haviam também as barracas de tiro ao alvo, jogos de argola, barraca do coelhinho, a mais concorrida pela criançada. Havia também o " Coreto", onde o professor e maestro Sr. Eurico Hayden com toda maestria apresentava a "Banda Musical", executando marchinhas e dobrados que enchia de alegria e euforia a todos que lá estavam . 

Santo Antônio, São João e São Pedro

Nesta época as barracas eram cobertas por sapé (capim). Lembro que uma delas pegou fogo (caiu uma faísca de rojão), foi um corre-corre daqueles para apagar o incêndio. 
Após o "terço" dedicado ao santo padroeiro, sendo os atos cerimoniais administrados pelo saudoso vigário Pe. José Grimmink, se apresentava na quermesse com sua indumentária característica, batina preta serrilhada de botões, que começava no colarinho indo até aos pés. 
Haviam também o fogueteiro que nos intervalos da "Banda", soltava os " rojões de vara", era um show de luzes. A festança durava uma semana, sendo que no ultimo dia realizava-se o leilão de gado (doações dos sitiantes e fazendeiros), em lugar específico. 
Ficou em minha memória essa lembrança de minha infância".


Roberto Luiz Silva Gomes


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