domingo, 27 de novembro de 2011

O causo do caixão...


Em um desses nossos encontros em que os mineiros ficam relembrando causos (como esses que contamos aqui) e, dessa vez, numa casa bem mineira aqui em Avaré...  
Quase morremos de rir com o causo de um alfaiate que sempre acompanhava os enterros da cidade, carregava o caixão e ainda, de quebra, discursava na beira do túmulo...
  • Todo mundo acabava aceitando e, por que não dizer, ainda gostando, da última homenagem que o nosso amigo prestava ao finado... Afinal de contas, na hora da tristeza não é fácil lembrar da vida inteira da pessoa, no que o senhor AM era uma beleza...
    Bem, acontece que morre, em Alfenas, um senhor de família abastada e tradicional da cidade e, como sempre, lá estava o nosso amigo e com a "marvada" na cabeça, como era de costume.
    Foi aí, então, que a família se reúne e monta a estratégia: a cada vez que um se cansasse de carregar a alça  do caixão o outro, rápidamente pegaria a dita cuja, de modo que AM não conseguisse agarrá-la a tempo. E assim foi por todo o trajeto... Um largava, o outro agarrava depressa.... Um largava...
    Até que, já vermelho de raiva (e da marvada) nosso amigo para no meio da rua, levanta os braços e grita:"Óia aqui, cês tão cum muitu enjuamentu cum essi difuntu, ceis pega ele e enfia ele nu ....."
    Dá prá imaginar a reação? Queria estar lá prá ver... acho que ia adorar! rsrsrsrs...

    por Poméia Terezinha Machado Silva



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