domingo, 11 de dezembro de 2011

Causo do Barnabé




Foi na cidade simpatia do Sul de Minas, capital da décima maravilha do mundo chamada Alfenas, que conheci o Paulo César Moscardini mas conhecido como Barnabé. Solteirão, bão de bola, com aquela ginga de corpo, explosão na corrida, dribles curtos, chutes certeiros. Jogador de chegar junto e firme na bola, garantiu a posição de beque central do América de Alfenas, e mais era o capitão do time. Conseguiu classificar o América pro campeonato Mineiro, foi um foguetório danado. Logo Barnabé começou a namorar uma das meninas mais bonita da sociedade Alfenense. Mesmo com aquele namoro firme, barnabé dava sua puladinha de cerca, como mesmo ele dizia:
- Ninguém é de ferro e tamém num tenho placa na testa.
Barnabé era o pai escrito, valente desde menino, num levava desaforo pra casa. Suas irmãs sairam a mãe. Seu pai sempre tinha um Jargão na ponta da língua:
- Quem não sabe fazer nunca vai saber mandar.
Quando seu Moscardini descobriu que o presidente do Alfenese tinha feito uma tocaia pra pegar o Branabé, o homem cuspia fogo.
Logo arranjou um jeito do Barnabé aprender a atirar, comprou duas pistolas e pediu ao Capitão Athaíde do Tiro de Guera, ensinar seu filho a manusear arma de fogo. Quando seu Moscardini colocou o Barnabé na prova de tiro, ficou espantado e endoidecido.
Barnabé acertava qualquer coisa, até o talinho do fruto da manga ele derrubava. Mas o mais impressionante foi quando seu fiel amigo e companheiro, o cachorro Duke, um labrador legítimo que trançava pra lá e pra cá, levantou a pata pra mijar, Barnabé viu um carrapato grudado e deu um tiro certeiro arrancando o carrapato e o Duke continuou mijando.
Dali a pouco todo mundo dava notícia do feito do Barnabé, os diretores do Alfenense que mais parecia urubu em cima da carniça, foram espalhando com rabo entre as pernas; e ainda tem gente por aí que não acredita no Barnabé, né memo?

Túlio Faria

3 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...