quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Crônica Ladrão de galinha e o pó de café

A Crônica Ladrão de galinha e o pó de café...O crime tá prescrito. Então...Pó de Café?.....Ladrão de Galinha?............Crime Prescrito? Calma...


Por Fred Bernardes


 O café foi introduzido por Francisco de Melo Palheta no século XVIII. Recebera-as de presente das mãos de Madame dá Orvilliers, esposa do governador de Caiena. Ora, como a saída de sementes e mudas de café estava proibida na Guiana GoFrancesa, é licito pensar que o aventureiro português recebeu de Madame não só os frutos, mas outros favores talvez mais doces. As mudas foram plantadas no Pará, onde floresceram sem dificuldade. Mas não seria no ambiente amazônico que a nova planta iria tornar-se a principal do país, um século e meio mais tarde. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da bebida crescia extraordinariamente, exigindo o constante aumento da produção, o café saltou para o Rio de Janeiro, onde começou a ser plantado em 1781 por João Alberto de Castello Branco. Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. Esgotado o ciclo da mineração do ouro em Minas Gerais, outra riqueza surgia, provocando a emergência de uma aristocracia e promovendo o progresso do Império e da Primeira República. Penetrando pelo vale do rio Paraíba, a mancha verde dos cafezais, que já dominava paisagem fluminense, chegou a São Paulo, que, a partir da década de 1880, passou a ser o principal produtor nacional da rubiácea (café). Na sua marcha foi criando cidades e fazendo fortunas. Ao terminar o século XIX, o Brasil controlava o mercado cafeeiro mundial. ( Google) O café é um produto que impulsiona a economia brasileira desde o inicio do século XVIII até hoje. Concentrado a princípio no Vale do Paraíba e depois nas zonas de terras roxa do interior de São Paulo e do Paraná e hoje se encontra em vários estados do Brasil. Minas é o estado com maior produção nacional. O grão é um dos principais produto de exportação do pais. (Google) 

 Alfenas ano 1969.....anos de chumbo 
 No dia 13 de dezembro de 1968, há 44 anos, o governo de Costa e Silva baixava o Ato Institucional nº5. O decreto, que vigoraria por prazo indefinido, dava ao presidente o poder de cassar políticos, fechar o Congresso, suspender o habeas corpus, impor censura prévia à imprensa, aposentar compulsoriamente professores universitários e prender dissidentes.Naquela sexta-feira 13, ficaram para trás o mundo das passeatas, da irreverência anárquica, dos festivais de música e do tropicalismo e se intensificaram as cassações, o exílio, a tortura e a censura. A repressão passou a ser a regra do jogo a partir do episódio, que ficou conhecido como "o golpe dentro do golpe"........... (Google)




 O protesto da população e principalmente dos estudantes contra a Sul Mineira cessou. Sempre nosso querido advogado e professor de português estava lá no bar do Mauricio Lomonte pronto para nos defender. Nos fins de tardes eramos presenteados com lindas canções que tocavam no Cine Alfenas,tb íamos na barbearia do Waldemar jogar pebolim ou no clube XV jogar sinuca. Mas o principal era o bate papo nos bancos da praça,(4 sentados no encosto e 4 na parte debaixo,quando a PM chegava a gente descia ),ali eram marcadas as galinhadas.
 Na rua Bias forte morava os padrinhos de casamento de meus pais,na sua casa eles tinham um mercadinho que vendiam banana e nos fundos tinham um galinheiro, alvo frequente do pessoal das galinhadas. O visitante principal do galinheiro morava bem próximo, então foi marcada a galinhada ,o moço era treinado, com uma mão batia no peito da galinha e colocava a outra na frente. Com o susto a galinha tirava o pé do poleiro e colocava no outro braço dele,logo em seguida ele destroncava o pescoço da coitada.Era mole não era a primeira vez , a técnica era apuradíssima. Mas.... neste dia.....aconteceu um imprevisto....a madrinha de meus pais acendeu a luz,abriu a janela e deu um “Grito...ROQUE CÊ NUM LAVÔ O CUADÔ DI CAFÊ VEIO”,e lavou o coador de café.O larápio estava debaixo da janela tomou um banho de pó de café, esperou um pouquinho e foi embora com a mão vazia,todo sujo. Bem o café protegeu o patrimônio, e o crime está prescrito. Fred Bernardes.

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